Nos últimos 20 anos a ciência tem demonstrado o quanto uma má nutrição no período de secagem pode afetar a produção de leite e a repodução. Assim, a alimentação tem de ser concebida para prevenir um balanço energético negativo e problemas metabólicos que afetam a transição das vacas secas. Proteína metabolizável e suplementação em aminoácidos são a chave para o sucesso, por isso, estudos estão a ser feitos para se perceber as reais necessidades proteicas das vacas em transição, tendo em conta, a proteina corporal mobilizada para o inicio da lactação, proteina e aminoácidos para o desenvolvimento do feto e a proteina para manter as reservas da própria vaca. Mais de 70% do crescimento fetal ocorre nos últimos 60 a 70 dias de gestação o que acarreta um grande fardo para o animal admitindo que a ingestão alimentar começa a ser menor. Assim a mobilização dos tecidos não para mesmo após a parto. Van der Drift et al, 2012 demonstrou que a mobilização muscular ocorre no pre parto e nas 4 semanas pós parto em vacas alimentadas com 12.6% de proteina. Assim, deve-se fazer uma dieta pré parto com 1100 gramas por dia ou mais. Quanto aos aminoácidos, um leite com baixo valor proteico pode significar um fornecimento inadequado de proteina metabolizável e uma utilização dos aminoácidos para garantir uma resposta imunitária ou a produção de glucose pelo fígado. Num estudo realizado, demonstrou-se que em vacas com leite contendo abaixo de 2.7% de proteina verdadeira tinham problemas de concepção.