Segundo a FAO, os preços de todos os principais cereais aumentaram em relação aos respetivos valores do mês passado.
O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou média de 140,7 pontos em fevereiro de 2022, alta de 5,3 pontos (3,9%) ante janeiro e 20,7 pontos (24,1%) acima do nível do ano anterior.
O resultado mensal, segundo a FAO, representa um novo recorde histórico, superando a máxima de fevereiro de 2011 em 3,1 pontos.
A alta foi liderada pelos aumentos dos subíndices de preços de óleos vegetais e laticínios.
Os preços dos cereais e da carne também subiram, enquanto o subíndice de preços do açúcar caiu pelo terceiro mês consecutivo.
O subíndice de preços dos cereais registrou média de 144,8 pontos em fevereiro, um aumento de 4,2 pontos (3,0%) em relação a janeiro e 18,7 pontos (14,8%) ante o ano anterior.
Segundo a organização, os preços de todos os principais cereais aumentaram em relação aos respetivos valores do mês passado.
“Os preços mundiais do trigo aumentaram 2,1%, refletindo em grande parte as novas incertezas da oferta global em meio a interrupções na região do Mar Negro que podem prejudicar as exportações da Ucrânia e da Rússia, dois grandes exportadores do cereal”, destacou a FAO.
Os preços globais do milho aumentaram 5,1% em relação ao mês anterior, sustentados por uma combinação de preocupações contínuas com as condições das safras na Argentina e no Brasil, aumento dos preços do trigo e incerteza quanto às exportações de milho da Ucrânia, um grande exportador.
Os preços de exportação do sorgo e da cevada também se firmaram na comparação mensal, ganhando 5,9 e 2,7%, respetivamente.